sábado, 13 de março de 2010

Mudei...

Mudanças me fazem bem , acho que é por isso que gosto de ser essa metamorfose.


Sinto em mim um certo tipo de dificuldade para expressar aquilo que eu penso, sinto e acredito. Para fazê-lo tenho que estar extremamente feliz, triste, confusa, irritada, decepcionada. Enfim, tenho que estar extrema, intensa! Morna, apática, conformada, não rola. Necessito de inspiração.É como se os acontecimentos, situações e experiências se acumulassem dentro de mim. Como se cada riso, lágrima, olhar, abraço, grito, fosse guardado, aos poucos até que eu ficasse cheia. E essa mistura de todos os tipos de sensações se transformasse em "extremamente alguma coisa".E então, quando acontece a excessividade de sentimentos, um turbilhão de ideias vem a tona, tomam conta da minha cabeça. Todas as minhas ânsias, desejos, euforias inexpressados se transformam em palavras, invadindo meus pensamentos, assim, tudo de uma vez só. E antes que eu consiga ao menos abrir a tampa da caneta, cadê? Já passou! É muito rápido, momentâneo. E aquela sensação de palavras entaladas continua.Até que finalmente chego a um estágio em que não consigo calar minha própria mente e a coisa flui, calma e serenamente. É tão tranquilo que eu consigo sentar e amontoar no papel de forma lógica as várias inquietudes que se alojaram em mim.É um processo. Um processo complexo, excêntrico, prazeroso. É aquilo que eu sinto que eu sei fazer mas ao mesmo tempo acho que não faço bem.E no fim, eu me satisfaço quando eu consigo entender tudo o que me intriga, me emociona, me fascina; minhas verdades, a sinceridade das minhas convicções. É como se eu explicasse para eu mesma tudo o que passei, vi, pensei e senti em algumas linhas tortas, que para alguns, não fazem sentido nenhum (uma pena), mas para outros e principalmente para mim, fazem todo sentido do mundo.

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